São Paulo, quinta-feira, 1 de maio de 1997
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Ponte da Amizade é bloqueada

JOSÉ MASCHIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA

Manifestantes contrários à privatização da Vale do Rio Doce bloquearam na manhã de ontem, por uma hora e meia, a ponte da Amizade, na fronteira entre os municípios de Foz do Iguaçu (Brasil) e Ciudad del Este (Paraguai).
Cerca de 3.500 pessoas (2.000 de acordo com a PM) saíram em passeata do trevo que liga a BR-277 à usina de Itaipu, às 8h de ontem, e bloquearam a ponte da Amizade. Eles protestavam contra a política neoliberal de Fernando Henrique Cardoso e a privatização da Vale.
Houve um princípio de tumulto entre os manifestantes e sacoleiros, que usam a ponte para compras no Paraguai. A PM não precisou intervir. O ato público foi encerrado às 9h30, com os sacoleiros podendo passar pela ponte.
As polícias Militar e Federal acompanharam à distância a manifestação. A Polícia Rodoviária Federal organizou o trânsito na região da ponte, onde houve um congestionamento de mais de dois quilômetros em razão da passeata.
O ato foi organizado pela Intersindical de Foz do Iguaçu, que reúne representantes de 15 sindicatos (a maioria ligada à CUT), do movimento dos sem-teto e do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) do Paraná.
Os professores da rede estadual de ensino, que realizam congresso em Foz do Iguaçu, participaram do ato. Eles protestaram também contra a política salarial do governo Jaime Lerner (PDT) para os professores estaduais.

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