São Paulo, quinta-feira, 1 de maio de 1997 |
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Tropa quer resgatar confiança
CRISPIM ALVES
Essa será a segunda fase de uma outra campanha, interna e de valorização da imagem do policial militar, que será lançada oficialmente hoje, a partir das 10h. A campanha para resgatar o respeito da população vai contar com outdoors, painéis luminosos, cartazes em shopping centers, painéis em ônibus, anúncios em jornais, rádios e TVs e faixas de pano. O tenente-coronel Paulo Regis Salgado, chefe da 5ª Seção de Estado-Maior da PM, afirmou que ainda não há um custo definido para viabilizar a campanha. O início exato das ações de resgate de imagem e o seu tempo de duração ainda estão em estudos. O objetivo da PM é buscar parcerias que possibilitem obtenção de verbas para diminuir o custo da campanha, que deve ser alto. 'Somos muitos' A solenidade de lançamento da campanha "Somos muitos, não somos alguns" acontece no auditório do Corpo Musical da PM. Foram convocados 183 oficiais de relações públicas de todo o Estado para participar do evento. Na oportunidade, serão distribuídos 2.000 cartazes e 120 fitas de vídeo com ações positivas da tropa. Cada quartel da PM receberá uma fita de vídeo e alguns cartazes. A campanha interna da PM tem cinco fases. Cada etapa, sempre ilustrada por cartazes e vídeos, vai durar 30 dias. A primeira, que começa hoje, critica os maus atos dos policiais de Diadema. A segunda vai mostrar que cada PM representa a corporação e deve ser um fiscal do seu companheiro. A necessidade de retomar a confiança da população será alvo da terceira etapa da campanha. "Teoricamente, não precisa de propaganda. Só a boa prestação de serviço é suficiente", declarou o tenente-coronel Salgado. A quarta e a quinta fase vão servir para reproduzir, entre os 77 mil policiais, fatos positivos da tropa. "Vamos trazer de novo um PM bem fardado, sorrindo para as pessoas", disse Salgado. É a terceira vez, nos 165 anos da PM, que uma campanha tenta resgatar a imagem da corporação. A primeira foi em 82, quando aconteceram fatos parecidos com os de Diadema. A segunda, em 86, por causa de uma disputa de poder entre setores da PM. Texto Anterior: PM envia contraproposta a Covas em 1 mês Próximo Texto: Polícia Civil deve ter mais mudanças Índice |
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