São Paulo, quinta-feira, 1 de maio de 1997
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Último dia teve pouco movimento

JULIANA GARÇON
DA REPORTAGEM LOCAL

O último dia de entrega das declarações do Imposto de Renda foi tranquilo nas principais agências do Banco do Brasil, Banespa e Caixa Econômica Federal em São Paulo.
Na agência central do BB, na rua Líbero Badaró esquina com a avenida São João, que tinha oito caixas apenas para receber as declarações, a fila andava rápido.
Na agência da avenida Paulista a fila chegou até a porta, mas os contribuintes não levavam mais do que meia hora para chegar aos caixas recebedores.
Os caixas da CEF da avenida Paulista também não tiveram muito trabalho. Na hora do almoço, não se acumulavam mais do que três pessoas para entregar os formulários. Um número pouco maior de pessoas aguardava alguns minutos para entregar declarações em disquetes.
Quem tentou entregar a declaração sem nenhum documento em que estivesse registrado o CPF teve de voltar.
A programadora Maria Lucia Nunes, 27, esqueceu de levar o CPF do marido. Disse que tentaria passar a declaração dele pela Internet.
Um talão de cheques foi o documento usado pelo publicitário Fábio Zamborlini, 32, para entregar a declaração. Para que o banco aceitasse o formulário da esposa, apresentou a declaração dela de 96.
Ele reclamou da exigência de algum documento com CPF: "Isso não faz sentido. Sonegador não vem pegar fila no banco e passar trote na Receita com o CPF errado".
O publicitário afirmou que tentou fazer a entrega via Internet, mas o sistema estava muito lento.
A bancária Patrícia Zanchetta, 23, não chegou a pegar a fila. Logo que entrou na agência foi informada da necessidade de apresentar o CPF e voltou.
Última hora Medo de mudança nas regras da declaração foi o motivo que levou o consultor Fernando Antonio Pio da Silva, 48, a deixar a entrega para o último dia.
O consultor disse que, embora já estivesse com a declaração pronta, esperava para ver a decisão final da Justiça sobre o valor máximo de abatimento com educação -o TRF manteve a suspensão da liminar.
"Nos últimos sete anos entreguei a declaração no último dia. E no único ano em que poderia entregar antes, o governo mudou as regras de abatimento. Me arrependi", disse.

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