São Paulo, quinta-feira, 1 de maio de 1997
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Ipea identifica expansão mais lenta da atividade econômica

Inadimplência ainda elevada ajuda a desaceleração

DA REPORTAGEM LOCAL

A atividade econômica, que no segundo semestre de 96 tinha tendência de crescimento, deve se estabilizar neste primeiro semestre.
A análise é do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), órgão subordinado ao Ministério do Planejamento, e foi divulgada ontem no boletim mensal "Panorama Conjuntural".
Ainda de acordo com o Ipea, a massa de rendimentos do trabalho apresentou taxas de crescimento abaixo de 4% em janeiro e deve manter a tendência de queda. Em janeiro do ano passado, o índice superava 10%.
Para o Ipea, a política fiscal deverá contribuir para o controle da expansão da demanda porque é preciso ampliar o esforço fiscal.
Esses fatores sugerem, segundo o Ipea, uma reversão da taxa de crescimento econômico nos próximos meses.
Apesar de os indicadores industriais mostrarem, na margem, uma desaceleração da expansão da produção industrial, a necessidade de conter a taxa de crescimento do consumo de bens duráveis volta "a ser considerada na agenda da política econômica".
Segundo o boletim, o impacto da estabilização sobre o crescimento da renda e da oferta de crédito para consumo é tão forte que, sem uma política fiscal contracionista, a elevação dos investimentos industriais implicaria a persistência de elevados déficits externos.
Política fiscal contracionista é a que, por meio de tributação mais elevada, desvia recursos que poderiam ser usados para o consumo.

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