São Paulo, segunda-feira, 5 de maio de 1997 |
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Petistas reagem a plano dos sem-terra
CARLOS EDUARDO ALVES
"O MST tem direito a fazer críticas ao PT, mas se tem um partido que tem projeto político é o PT", disse Lula. O líder petista não acredita, ao contrário de alguns correligionários seus, que o MST tenda a se transformar em partido. "Mas se isso acontecer, será um partido muito tênue", acha. Lula afirmou ainda que o MST conquistou visibilidade por seus méritos, mas reivindicou para o PT o reconhecimento da parceria que há anos o partido mantém com os sem-terra. "É importante saber do trabalho de solidariedade que todos nós tivemos ao longo dos anos com o MST", declarou. O perigo para o movimento dos sem-terra, na visão de Lula, passa pela tentação de ampliar a atuação fora da luta pela terra. "Se o movimento abrir muito o leque vai criar problemas nos segmentos que hoje o apóia", disse o petista. Genro Tarso Genro, o outro possível candidato do PT à Presidência da República em 98, defende que os militantes do MST ajudem o PT a elaborar um projeto para os país, mas atuando dentro do partido. "Eles (MST) têm que estar é no PT, que é quem tem condições de sintetizar um projeto", disse Genro. "O MST deve liderar a discussão da reforma agrária", disse. Para o ex-prefeito de Porto Alegre, a hipotética criação de um "partido camponês" levaria o movimento dos sem-terra ao isolamento. "Não vejo esse risco pelas lideranças experientes e conscientes que o MST tem", afirmou. Genro acha que a crise da esquerda começa a ser superada na Europa. "Lá, a esquerda já retoma a ofensiva", avalia o ex-prefeito de Porto Alegre. (CEA) Texto Anterior: Debate eleitoral é antecipado Próximo Texto: Assembléia quer trabalhar um dia a menos por semana Índice |
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