São Paulo, segunda-feira, 5 de maio de 1997 |
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Lojista tenta contornar a alta do IOF Data retroativa é 'drible' MARCIO AITH
Como as medidas anunciadas aumentam a tributação sobre o crédito ao consumidor somente a partir de hoje, a primeira providência dos comerciantes mais ousados foi convencer os consumidores a fecharem contratos com datas retroativos. A estratégia consiste em colocar, nos contratos de financiamento, data anterior à da publicação das medidas no "Diário Oficial". Isso porque, segundo a lei, um aumento de impostos determinado num determinado dia não pode atingir operações realizadas em dias anteriores. Produtos mais caros A solução, controversa aos olhos da Receita Federal, deverá ser mais utilizada na compra de produtos mais caros, como automóveis. Isso porque o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), de 6% para 15%, será mais sentido nos contratos com maior número de prestações e menores taxas de juro -exatamente as condições de venda de carros a prazo. A Folha apurou que as poucas vendas a prazo de carros realizadas no final de semana envolveram contratos com data retroativa. Outra saída encontrada pelos comércio são as chamadas "operações triangulares", comuns no mercado de veículos e já utilizadas no passado. Essas operações consistem em fazer com que os recursos para a aquisição do automóvel cheguem ao consumidor sob a forma de empréstimo comum, e não crédito ao consumidor. O banco financia a concessionária, e esta "empresta" o dinheiro ao consumidor. Esse tipo de operação fica fora do alcance das medidas anunciadas na sexta-feira. Texto Anterior: Livro aborda marketing direto no país Próximo Texto: Negócios com carros têm sido recordes Índice |
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