São Paulo, segunda-feira, 5 de maio de 1997
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Negócios com carros têm sido recordes

DA REDAÇÃO

A venda de veículos no Brasil vem batendo recordes consecutivos. Mas o que é motivo de comemoração no ABC paulista e em Betim -os dois principais pólos de produção automobilística- é razão para preocupação em Brasília.
O número de unidade vendidas por mês pulou de menos de 120 mil no final do ano passado para mais de 140 mil em março, de acordo com o último dado consolidado pela Anfavea, a associação das montadoras.
O setor automobilístico era um dos que o governo vinha observando nos últimos meses para tentar avaliar o grau de aquecimento da economia.
A preocupação em relação ao aumento do consumo é provocada pelo impacto negativo que essa situação possa ter sobre sobre a balança comercial.
O déficit da balança comercial, considerado o calcanhar-de-aquiles do Plano Real, deve chegar aos dois dígitos até o final do ano. A projeção de US$ 12 bilhões, embora não endossada pelo governo, já é tida como conservadora no mercado financeiro.
Ao anunciar o aumento do IOF, no entanto, José Roberto Mendonça de Barros, da Fazenda, e Gustavo Loyola, do Banco Central, tentaram desvincular a medida das preocupações com o déficit.

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