São Paulo, segunda-feira, 5 de maio de 1997
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Piso de madeira avança desde 89

DA REPORTAGEM LOCAL

Desde 89, quando começaram a ser vendidos no país, os carpetes de madeira não pararam de registrar aumento nas vendas. Grandes produtores chegaram a triplicar as vendas nos últimos dois anos.
O ano de 89 foi justamente quando a indústria de carpete têxtil começou a sentir essa concorrência.
Em 90, as vendas desse tipo de produto caíram 14% em relação ao ano anterior. Os fabricantes só começaram a recuperar mercado em 95, mas ainda não atingiram o volume de vendas de 89.
O metro de carpete de madeira custa, em média, de R$ 25 a R$ 50.
A Folha ouviu as duas maiores indústrias de laminados de madeira, que afirmam ter, juntas, 70% do mercado de carpetes desse material. A produção total do setor é estimada atualmente em 5 milhões de metros quadrados por ano.
Após dobrar suas vendas em 93, a empresa Novo Piso registrou crescimento de 50% nas vendas no ano passado em relação a 95.
Para 97, a empresa prevê novo aumento de 50%, diz Daniel Malusa Gonçalves, diretor comercial.
Segundo ele, no início de 95, a produção era de 50 mil metros quadrados por mês. Hoje, ela é de 120 mil metros quadrados.
A empresa exporta 25% de sua produção para os EUA, países da Europa, Venezuela e Argentina.
"Não há duvida que a venda de carpete de madeira cresceu em razão de problemas que começaram a surgir em relação ao têxtil, como dificuldade de manutenção", diz.
A Trevo registrou, no período de 92 a 94, crescimento anual de 30% nas vendas, diz Sergio Todeschini, gerente de marketing.
Em 95, afirma, as vendas aumentaram 40% sobre o ano anterior. Já em 96, elas ficaram estabilizadas.
"Em 97, a tendência é de ampliação do mercado, com novas marcas chegando", afirma.
Pisos cerâmicos
A indústria de pisos cerâmicos está investindo e desenvolvendo novos produtos para alavancar vendas, afirma Ademir Lemos, presidente da Anfacer (Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimento).
No ano passado, as vendas físicas do setor (336,4 milhões de metros quadrados) cresceram 12% em relação a 95, segundo ele. O faturamento foi de US$ 1,7 bilhão -aumento de 5% sobre o do ano anterior.
Para 97, a expectativa é de aumento entre 10% a 15% nas vendas, em razão dos novos financiamentos para a construção civil.
O setor vai investir neste ano R$ 150 milhões em novas tecnologias, design de produtos e treinamento de pessoal. O montante é igual ao já investido em 96, afirma Lemos.

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