São Paulo, quinta-feira, 8 de maio de 1997
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Modelo da venda da Cesp sai em 3 meses

Estatal elétrica será 'fatiada'

DA REPORTAGEM LOCAL

A definição do modelo de privatização da Cesp (Centrais Elétricas de São Paulo) estará pronto em três meses.
O consórcio Máxima, formado pelas instituições SBC Warburg, Morgan Stanley e Omega, venceu a licitação pelo chamado serviço B da privatização da estatal -a modelagem da privatização e avaliação econômico-financeira da empresa.
A disputa com outros consórcios foi acirrada, tendo sido utilizados diversos critérios de desempate no final.
Os consórcios têm até terça-feira que vem para entrar com recurso contra o consórcio vencedor.
Os bancos Kleinwort Benson e NM Rotschild, participantes da licitação, são os mais sérios candidatos a protestar. Até o fim da tarde de ontem, nenhum deles havia entrado com recurso.
A privatização do setor elétrico é uma das principais do programa de desestatização paulista. Além da Cesp, serão privatizadas a Eletropaulo e a CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz).
A empresa deverá ser "fatiada" em setores diferentes (produção e distribuição de energia, por exemplo), e vendida em partes.
Essa é a forma encontrada para aumentar o lucro com a venda. "Mas ainda precisamos de definições de regras pelo governo federal para determinar detalhes do modelo", afirmou o presidente da empresa, Andrea Matarazzo.
Segundo o presidente, após cerca de três meses o edital para a privatização deverá estar pronto.
Ontem, o TCE (Tribunal de Contas do Estado) declarou improcedente o pedido de impugnação da licitação para modelagem da venda da Cesp.
O pedido havia sido movido por um grupo de deputados estaduais de oposição. Eles alegavam que não houve transparência nos critérios da licitação, além de criticar a privatização de forma conceitual.
Segundo relatório e voto do conselheiro Eduardo Bittencourt, porém, o governo paulista está sendo correto em seus procedimentos.

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