São Paulo, quinta-feira, 8 de maio de 1997 |
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Inflação sobe menos que o esperado em SP
MAURO ZAFALON
A perda de ritmo da taxa, que na terceira quadrissemana do mês passado chegou a 0,69%, se deve basicamente à forte queda dos preços dos produtos "in natura" no final do mês. Os dados são da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). Apesar de ficar abaixo do previsto, a taxa de inflação de abril foi bem superior à de março, quando os preços tinham subido 0,21%. Heron do Carmo, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da Fipe, diz que a pressão veio basicamente de vestuário. O reajuste médio dos preços de vestuário em abril foi de 7,07%, após ter caído 4,34% em março. O economista da Fipe atribui o reajuste às restrições no financiamento das importações e a uma recuperação dos preços no setor, em queda desde o início do Real. Os dados acumulados da Fipe mostram que, apesar do aumento de 7,07% em abril, o setor de vestuário teve reajuste de apenas 0,96% nos últimos 12 meses. Em relação ao final de junho de 94, os preços acumulam queda de 1,01%. O setor de saúde também pressionou a taxa de inflação no mês passado, com alta de 1,04%. A maior pressão veio de remédios (2,53%), enquanto os serviços médicos subiram 0,18%. O grande destaque nas quedas foi o setor de hortifrútis. Após alta de 7,97% em março, esses itens tiveram queda de 3,20% no mês passado. A queda desses produtos está também derrubando o preço da cesta básica, que atingiu valores recordes no início de abril. Heron do Carmo acredita que também em maio os preços da alimentação continuarão em queda, principalmente devido ao recuo de vários produtos industrializados, como café e farinha de trigo. Os custos com habitação tiveram pouca alteração. A alta foi de 0,47% em abril, contra 0,4% em março. A pressão das tarifas ainda não chegou ao índice, enquanto os reajustes de aluguel ficaram em 0,83 (0,88% em março). Com a variação de 0,64% em abril, a inflação acumulada dos últimos 12 meses é de 7,91%. Em 97, deve ficar próxima a 6,5%. Para maio, o economista da Fipe prevê evolução de 1,2% nos preços. Texto Anterior: Produto nacional perde mercado nos EUA Próximo Texto: Alta de tarifas faz ICV fechar em 1,08% Índice |
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