São Paulo, quinta-feira, 8 de maio de 1997
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Alta de tarifas faz ICV fechar em 1,08%

DA REPORTAGEM LOCAL

Os aumentos das tarifas de telefone (51%) e energia (7,33%) pressionaram o ICV (Índice de Custo de Vida) de abril, que foi de 1,08%.
Esses aumentos foram responsáveis por 0,81 ponto percentual do índice. Caso as duas tarifas não tivessem sido reajustadas, a inflação em abril seria de 0,27%.
O ICV, medido pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos) na Grande São Paulo, ficou, em abril, 0,58 ponto percentual acima da taxa do mês anterior.
Depois das tarifas públicas, os itens que mais subiram foram habitação (3,72%), recreação (1,83%) e saúde (1,19%).
No ano, a inflação acumulada ficou em 4,22%. Desde julho de 96, quando o Dieese implantou novas ponderações para o ICV, a alta da inflação está em 7,58%.
A faixa de população com menor renda (média de R$ 377,49) foi a menos afetada pela alta dos preços. A inflação para esse grupo ficou em 0,82% em abril.
A taxa para o grupo de maior renda (média de R$ 2.792) subiu 1,18%. Para a faixa intermediária (média de R$ 934,17), a inflação no mês foi de 0,98%.
Segundo análise do Dieese, a tendência é que os preços continuem a convergir para uma maior estabilidade, apesar do "repique" da inflação de abril.
No mês passado, 38,9% dos 584 itens que compõem o ICV apresentaram variação de preço entre -1% e 1%. Em março, esse percentual foi de 33,9%.
O "repique", de acordo com o Dieese, é explicado pelo enorme peso dos itens do orçamento doméstico na composição final do ICV. Só o aumento de 51% na tarifa de telefone foi responsável por 0,61 ponto percentual do índice.

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