São Paulo, segunda-feira, 12 de maio de 1997 |
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Balancete mostra discrepância de gastos
JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO
O Tribunal de Contas da União está no topo da lista de despesas. Até março, consumiu 1/3 do total previsto para o ano. O Ministério Extraordinário dos Esportes está na ponta oposta. O gabinete do ministro Pelé, terceiro menor orçamento entre os órgãos federais, gastou 2% de suas verbas anuais. Em geral, os que mais gastaram são órgãos cujas despesas estão concentradas em pagamento de pessoal ou de dívidas financeiras. No primeiro caso estão a Câmara, a Justiça do DF e Territórios e o Ministério Público da União. No segundo, as Operações Oficiais de Crédito, consideradas uma unidade orçamentária independente. É que despesas com pessoal e dívidas são pagas automaticamente pelo Tesouro. Não estão sujeitas a contingenciamentos. É a situação oposta de órgãos com mais gastos em custeio e investimento, que sofrem maior controle do Tesouro. O Ministério dos Transportes, por exemplo, só gastou 8% do orçamento. A conta chegaria a 12% se somado o dinheiro gasto para saldar os "restos a pagar" de 96. "Optamos por pagar o que devíamos e não correr o risco de ver uma obra parar por falta de pagamento. Gastamos tudo o que o Tesouro nos deu. Se tivéssemos mais, investiríamos mais", diz José Luiz Portella, secretário-executivo. Na média, a execução orçamentária ficou em 19% -a União deixou de gastar R$ 25,7 bilhões dos 25% que, em tese, poderia até março. Mesmo assim, o Tesouro teve déficit operacional de R$ 144 milhões no período. (JRT) Texto Anterior: Ministério usa 4% de sua verba até março Próximo Texto: Vale define hoje composição do conselho de administração Índice |
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