São Paulo, segunda-feira, 12 de maio de 1997 |
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Federação quer profissionalizar entidades
RODRIGO VERGARA
Pois esse tipo de entidade está com os dias contados, se depender da intenção da FOS (Federação de Obras Sociais), de São Paulo. A ONG, que tem hoje 34 anos e 1.350 entidades assistenciais filiadas, passa os dias tentando profissionalizar esse tipo de instituição e torná-la mais eficiente. Para isso, oferece às entidades assessoria jurídica, contábil e administrativa, ministra 40 tipos de cursos de capacitação aos voluntários e técnicos das instituições e ainda mantém duas outras associações e convênios com Senai e governo do Estado. Os serviços auxiliam as entidades a elaborar ou mudar estatutos, obter isenções fiscais, corrigir finanças, modernizar métodos pedagógicos e ampliar serviços de saúde, entre outros. Sobrevivência O dinheiro que mantém tudo isso vem, em sua maioria (70%), de fontes próprias de renda, de acordo com Gino Pereira dos Reis, presidente da FOS. Trata-se de seis feiras anuais que são realizadas na marquise do Parque do Ibirapuera (zona sul de São Paulo). A próxima é a Feira dos Namorados, que acontece entre 7 e 15 de junho. Em cada uma delas, a Federação arrecada cerca de R$ 100 mil, fruto do aluguel de estandes. Esse método de sobrevivência é ensinado às entidades. O restante dos recursos (30%) é doado pela prefeitura. A infra-estrutura para as entidades se sustentarem não custa nada. "O preço, na verdade, é a transparência no uso das verbas e a correção na aplicação de seus projetos", garante Reis, um senhor muito ativo que, aos 70 anos, divide seu tempo entre a empresa que dirige e a entidade. Para se filiar à FOS, a entidade deve abrir suas portas aos técnicos da ONG, que vão checar desde o conteúdo de seus projetos até o crédito que seus diretores dispõem na praça, por consultas ao SPC (Serviço de Proteção ao Crédito). Uma das preocupações dos técnicos é verificar se a entidade faz algum tipo de discriminação de racial ou religiosa, esta última muito comum, segundo Reis. "Nesse caso, não atendemos." Depois desse "vestibular", a instituição recebe um certificado, com prazo de validade. Em um ano, o processo é todo refeito. Texto Anterior: Unicef não pode ajudar garoto Próximo Texto: Fundação ajuda 'informais' Índice |
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