São Paulo, segunda-feira, 12 de maio de 1997
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Globalização não espanta segmentação

DA REPORTAGEM LOCAL

As novas mídias que estão surgindo serão instrumentos essenciais para a complementação dos veículos utilizados no mercado publicitário nos próximos anos.
Esse foi um dos temas abordados por Angelo Franzão Neto, vice-presidente executivo e diretor de mídia da agência McCann Erickson Brasil, na palestra "Mídia: da Segmentação à Globalização", promovida pela Folha, na quarta-feira passada, dando prosseguimento ao ciclo "Arena do Marketing".
Para Neto, a segmentação do mercado é uma realidade e deve crescer nos próximos anos com o surgimento de novos veículos e ampliação dos existentes.
A estagnação das economias dos países de Primeiro Mundo evidenciam as grandes oportunidades existentes no Brasil.
"Nos países desenvolvidos não existem mais grandes oportunidades de crescimento. Elas são encontradas aqui e em outros países da América Latina. Temos de aproveitá-las e recomendar para os nossos clientes que essa é uma faixa de grandes possibilidades de investimentos de mídia", afirmou.
Para ele, o cenário da mídia hoje está completamente alterado.
"Não dá mais para trabalhar com conceitos de cinco anos atrás. Eles estão ultrapassados."
As mudanças causaram uma alteração na fidelidade do público aos meios, e a audiência foi comprometida.
Neto disse que a segmentação hoje é uma tendência mundial e natural da mídia. Todos os nichos do mercado e as possibilidades de consumo estão sendo valorizados pelos meios de comunicação.
"Já se percebe claramente alguma flutuação em determinadas faixas de público. Elas estão acontecendo devido, talvez, às novas alternativas de meios e de veículos de comunicação", afirmou.

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