São Paulo, terça-feira, 13 de maio de 1997
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PM é preso após atirar em professor

DA AGÊNCIA FOLHA, NO ABCD

O policial militar Davi Góes Corrêa, 27, foi preso em flagrante no sábado à noite, acusado de atirar no professor Adevair Aparecido Oliveira Lopes, 24, em Santo André (Grande São Paulo), após um acidente de trânsito.
Atingido no pescoço, Lopes estava até as 17h30 de ontem internado no Hospital Brasil, em Santo André, com morte cerebral.
Além de ser professor de matemática, Lopes trabalhava como auxiliar de contabilidade.
Segundo a polícia, o PM Corrêa bateu sua Brasília no Gol de Ademir Lopes da Silva, 28, que estava acompanhado de Lopes e mais dois amigos, Cláudio Nunes da Silva e Luís Pereira Leite. O PM fugiu após a batida e bateu em outro Gol.
As colisões aconteceram na principal ligação entre Santo André e São Bernardo do Campo.
Após a segunda batida, os ocupantes do Gol foram atrás da Brasília e a alcançaram.
Cláudio Silva, 29, disse à Agência Folha que o PM então se identificou como policial e afirmou que não estava em horário de trabalho. Segundo Cláudio Silva, Lopes foi até a Brasília do PM para ver os danos causados pela batida e abriu a porta do carro. "Nessa hora o PM o agarrou pelo pescoço, com uma 'gravata' (golpe de braço) e deu um tiro em seu pescoço."
A arma usada -um revólver calibre 38- era particular do PM, segundo a polícia. Ademir Silva, motorista do Gol, disse ontem à Agência Folha que o policial atirou em Lopes "a sangue-frio".
Corrêa foi levado para o presídio Romão Gomes, da PM, em São Paulo. Até as 17h30 de ontem, a Agência Folha não havia conseguido falar com a família dele.

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