São Paulo, quinta-feira, 15 de maio de 1997 |
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Oposição vai negociar a criação de CPI
OSWALDO BUARIM JR.
A estratégia é demonstrar ao presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), que a comissão de sindicância será insuficiente para esclarecer o caso, por não ter poderes para convocar ministros e governadores ou quebrar o sigilo bancário dos envolvidos. A oposição obteve apoio de 190 deputados, até 18h20 de ontem, para a instalação da CPI. O mínimo necessário é 171. O requerimento já foi entregue a Temer. A partir de hoje, a oposição tentará colocar em votação o projeto de resolução criando a CPI. Para ela ser instalada, o projeto precisa ser aprovado por maioria absoluta (247 votos) dos 513 deputados. O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) recolhe assinaturas para uma CPI Mista do Congresso, com membros da Câmara e do Senado. Ele já ultrapassou o número mínimo de assinaturas de deputados. Chinaglia espera obter hoje as 27 assinaturas de senadores necessárias à instalação da CPI Mista. A oposição decidiu que não vai obstruir as votações na Câmara para não radicalizar e permitir que os partidos que apóiam o governo impeçam a criação da CPI. Texto Anterior: Folha enviará cópia de fita à comissão de sindicância Próximo Texto: O poder das comissões Índice |
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