São Paulo, quinta-feira, 15 de maio de 1997 |
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"L.A. Confidential" representa cinemão hollywoodiano
SÉRGIO DÁVILA
Dirigido por Curtis Hanson ("A Mão que Balança o Berço"), tem Kim Basinger, Danny De Vito e Kevin Spacey no elenco. Simbolismo à parte, é inacreditável que tal filme esteja concorrendo a sério à Palma de Ouro. Não que "L.A." seja um filme ruim -realmente não é, com sua ambientação decente da Califórnia dos anos 50, trilha sonora com direito a Chet Baker e ótimo elenco. Mas é só direitinho, tentando repetir o êxito de "Os Suspeitos". Desenvolve-se por meio de três policiais e seus respectivos envolvimentos na solução de um crime: o honesto (Guy Pearce, de "Priscilla", muito bem), a estrela (Spacey) e o durão (o desconhecido e bom Russell Crowe). "Não é um exercício de nostalgia", disse ontem o diretor Hanson. "É o retrato de uma época seminal para uma cidade." "Priscilla 2" Já com "Welcome to Woop Woop" (Bem-vindo a Woop Woop), segundo filme do diretor australiano Stephen Elliott (de "Priscilla"), exibido fora de competição ontem à noite, ocorre o contrário: merecia mais. O escroque nova-iorquino Teddy (Johnathon Schaech), em viagem pela Austrália, se apaixona por Angie (Susie Porter). Dias e dias de sexo depois, é dopado e acorda -já casado- num lugarejo estranho, a tal Woop Woop. Lá vive uma das mais engraçadas e esquisitas comunidades que o cinema recente já mostrou. "É minha homenagem a uma Austrália que está acabando, a dos beberrões, sexistas e esquisitos", disse Elliott. Texto Anterior: Polêmica chega à competição Próximo Texto: mondo cannes Índice |
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