São Paulo, quinta-feira, 15 de maio de 1997
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Venda de voto; Esclarecimento; Trabalho infantil; Leitura obrigatória; Equívoco; Proposta oportuna; Solidariedade

Venda de voto
"A manchete da Folha informando detalhadamente o que alguns deputados federais, sem constrangimento, relatam sobre a venda dos seus votos a favor da reeleição encurva de vergonha a espinha dos brasileiros que ainda insistem em pautar sua vida em valores como a dignidade e a honestidade."
Beatriz Maria Berghahn (Porto Alegre, RS)
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"Apenas para aprovar a 'recandidatura', este jornal descobriu que os votos custaram R$ 200 mil. Imaginem quanto custará para que a máquina administrativa garanta, depois, a reeleição propriamente dita.
Merecemos tudo isso; até que entendamos que podemos mudar essa cultura para que o país tenha jeito.
Bastará decidirmos escolher bem aqueles que nos representarão no Congresso Nacional."
Enildo Diniz Caldeira (Porto Alegre, RS)
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"Denúncia ao governo do Amazonas e ao sr. Sérgio Mota: fui favorável à reeleição, mas não recebi meus R$ 200 mil. Conta 9715945, ag. 0083, banco Real, Campinas."
Mário Nelson Brigido (Campinas, SP)
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"O jornalista Fernando Rodrigues, que está prestando um grande serviço ao 'dar nome aos bois' e também tem boa memória ao lembrar de momentos de antes da reeleição, com certeza deve lembrar de como o governo e principalmente o ministro Sérgio Motta ficaram nervosos com o documento preparado pela assessoria da CNBB sobre a compra de votos para a reeleição.
Por que será?"
Aguinaldo Luiz de Lima, coordenador-executivo do Clasp -Conselho de Leigos da Arquidiocese de São Paulo (São Paulo, SP)

Esclarecimento
"A propósito de artigo publicado na Folha de 12/5, na página 1-2, e assinado pelo sr. Rui Nogueira, a bem da verdade devo esclarecer o que se segue:
1) a proposta de permitir que uma aposentadoria fosse acumulada com o teto salarial de R$ 10,8 mil foi negociada por todos os líderes da base de sustentação do governo, com o estímulo e o consentimento do Palácio do Planalto;
2) não faz nenhum sentido atribuir à liderança do PFL propósito de reduzir o debate sobre a reforma do Estado a uma mera questão de salários e aposentadorias.
Como um dos líderes da base, apenas participei da busca de uma solução para o problema do teto, cabendo lembrar que eu próprio não gozo do benefício de nenhuma aposentadoria.
Se não se sabe qual será o valor do teto, torna-se importante ponderar, nesta matéria, que o presidente do Supremo Tribunal Federal, por iniciativa própria, comunicou em carta ao presidente da Câmara que o maior vencimento de ministro daquela corte é de R$ 12.720,00.
Desnecessário observar que a liderança do PFL sempre se pronunciou pela manutenção do teto de R$ 10,8 mil.
Como já dito, a liderança do PFL, como o maior partido da Câmara, participou do debate sobre o teto, como também participará da discussão de todos os temas atinentes à reforma administrativa;
3) quanto à questão de ordem que formulei, não teve a intenção de promover qualquer ganho no 'tapetão'. Apenas o regimento interno define que os partidos têm direito a número limitado de DVs na proporção de suas bancadas. Se alguém estava pretendendo a multiplicação de destaques por meio de junção de assuntos diversos num mesmo item, certamente não era o líder do PFL."
Inocêncio Oliveira, deputado federal, líder do PFL (Brasília, DF)

Trabalho infantil
"Muito bom o caderno sobre o trabalho infanto-juvenil no Brasil. Noto, apenas, uma omissão: o trabalho da criança e do adolescente nos meios de comunicação.
É um trabalho que não choca, porque são exibidas crianças bonitas e risonhas. Mas, para chegar-se a isso, essas crianças são incrivelmente machucadas, do ponto de vista mental. E quanto a esse trabalho -verdadeira exploração que favorece pais e agências de publicidade- nada se diz."
Hélio Bicudo, deputado federal pelo PT-SP (Brasília, DF)

Leitura obrigatória
"Parabéns à Folha pela liderança em circulação dentre os grandes jornais do país e pela criativa publicidade veiculada em 14/5.
Graças à ousadia e seriedade da equipe de jornalistas, a Folha continua como leitura diária obrigatória a todos nós!"
Milú Villela, presidente do Museu de Arte Moderna de São Paulo (São Paulo, SP)

Equívoco
"Gostaria de enviar meus cumprimentos pela reportagem 'Redução de pulmão ajuda a tratar enfisema' (11/5).
Entretanto, gostaria de registrar um equívoco.
Foi a mim atribuído o título de professor da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo quando, na realidade, sou, naquela instituição, pós-graduando em nível de doutorado em técnica operatória.
Minhas funções atuais são a de professor-auxiliar de ensino de cirurgia torácica da Faculdade de Medicina do ABC e diretor do Serviço de Cirurgia Torácica do Hospital Prof. Edmundo Vasconcelos, em São Paulo."
Luís Carlos Losso, presidente do 4º simpósio internacional em videocirurgia torácica assistida (São Paulo, SP)

Nota da Redação - Leia seção "Erramos" abaixo.

Proposta oportuna
"Oportuna e louvável a proposta do Superior Tribunal Militar -que modifica o artigo 235, no capítulo 2, do Código Penal Militar- que propõe a descriminalização da homossexualidade nas Forças Armadas."
Roberto de Oliveira Silva (São Paulo, SP)

Solidariedade
"Nossa solidariedade a Sebastião Salgado pela censura sofrida no Memorial da América Latina.
Censura nunca mais."
Paolo Maranca (São Paulo, SP)

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