São Paulo, sexta-feira, 16 de maio de 1997
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São Paulo e Curitiba vão testar 'diesel de soja' em ônibus

Combustível é menos poluente, mas preço é mais alto

FABIO SCHIVARTCHE
DA REPORTAGEM LOCAL

São Paulo e Curitiba (PR) são as duas cidades brasileiras que vão testar, a partir de julho, o biodiesel, um combustível feito à base de óleo de soja que, dizem seus produtores, é menos poluente.
O combustível -uma mistura de 80% de diesel normal e 20% de óleo de soja especial- será utilizado experimentalmente em ônibus.
Na capital paulista serão 60 veículos em circulação no teste, entre julho e agosto, diz o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo, Maurício Lourenço da Cunha.
O biodiesel, desenvolvido pela Associação Americana de Soja (entidade dos produtores de soja dos Estados Unidos), também será testado em três cidades argentinas: Buenos Aires, Rosário e Córdoba.
Segundo os produtores, o biodiesel emite menos material particulado (resultante da queima incompleta de combustíveis e aditivos, que pode agravar problemas respiratórios) que o diesel comumente usado. Também teria outra vantagem ambiental: é um combustível renovável, diferentemente do diesel comum.
No entanto, o biodiesel ainda é mais caro. "O produto é cerca de 20% mais caro que o diesel normal", diz o diretor executivo da Sociedade Rural Brasileira, Cláudio Braga.
O gerente do departamento de tecnologia de emissões de veículos da Cetesb (agência ambiental paulista), Élcio Luiz Farah, diz que a entidade não foi consultada. "É preciso fazer uma avaliação de impacto ambiental do produto para confirmar sua eficiência no combate à poluição".

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