São Paulo, sexta-feira, 16 de maio de 1997
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Sindicalismo fica de fora

CLÓVIS ROSSI
DO ENVIADO ESPECIAL

Foi inteiramente rejeitada a solicitação do movimento sindical latino-americano, apoiada pelo governo brasileiro, para que o sindicalismo tivesse participação nas discussões sobre a Alca.
Não haverá a criação do Foro Sindical, similar ao Foro Empresarial, que já participa indiretamente das negociações, nem a incorporação de sindicalistas às delegações oficiais.
Segundo a Folha apurou junto a empresários brasileiros que participaram do Foro Empresarial, os empresários mexicanos mostraram uma atitude "reacionária" em relação à participação sindical.
"É uma construção inteiramente antidemocrática", esbraveja Kjeld Jakobsen, secretário de Relações Internacionais da CUT (Central Única de Trabalhadores), após encontro com o embaixador Botafogo Gonçalves, um dos negociadores brasileiros.
Mesmo os empresários estão descontentes com sua participação. "Melhorou, mas ainda é ruim", constata o economista Roberto Macedo, que representa o setor eletroeletrônico.
Por isso, os empresários elaboraram ontem dois documentos. Um será entregue ao conjunto de países da Alca e o outro ao governo brasileiro, pedindo um canal efetivo para o empresariado na negociação.
(CR)

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