São Paulo, sexta-feira, 16 de maio de 1997 |
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Garrafas italianas chegam ao Brasil
JORGE CARRARA
Talvez por isso acabou se tornando matéria-prima para elaborar vinhos diluídos, baratos, de menor qualidade, destinados ao consumo do dia-a-dia. A virada começa poucos anos atrás quando alguns vitivinicultores piemonteses, à procura de novos sabores, descobriram que tratando a Barbera com cuidado (boas terras, pouca produção para aumentar o sabor dos grãos e vinificação esmerada) conseguiam obter com ela tintos estruturados e com bela concentração de fruta. Os novos goles rubros podiam também ser bebidos com prazer ainda jovens. De quebra, eles se adaptavam bem ao amadurecimento em barris de carvalho, combinando muito bem com os típicos sabores da madeira. Estava completa a fórmula de uma nova raça de vinhos finos do Piemonte. Nessa ala séria dos Barbera alguns vinhos pendem para um estilo mais elegante como o Maria Gioanna 93 do Giacosa Fratelli, que tem bom corpo, paladar marcado por frutas vermelhas mescladas com certo defumado atraente que lembra alguns tintos do Rhône (85/100, R$ 37,50). Outros impressionam na boca pelo paladar denso, superfrutado, redondo e de textura fina, marcado por traços de carvalho como o Scarrone 94 (86/100, R$ 25), ou o Scarrone versão "Vigna Vecchia", outro 94 (mais estruturado, 85/100, R$ 37) do Vietti, um especialista em Barberas. Por fim, há o Paolo Scavino 93, um tinto de paladar complexo (ameixa, cassis, madeira) e um pouco tânico, mas amplo, longo e equilibrado (88/100, R$ 37). Onde encontrar: importadora Mistral, tel. 011/283-0006, exceto o Maria Gioanna 93, apenas na Cellar (tel. 011/531-2419) Texto Anterior: In Città Itaim faz 10 anos e quer maioridade Próximo Texto: Best Buy Índice |
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