São Paulo, domingo, 18 de maio de 1997
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Maluf nega participação na revelação do escândalo

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DE NOVA YORK

O ex-prefeito paulistano Paulo Maluf (PPB) negou ontem envolvimento no escândalo da compra de votos para a emenda da reeleição, suspeita lançada no Rio de Janeiro pelo ministro Sérgio Motta, na sexta-feira.
"Sou um mero observador do caso, um observador à distância, porque estou há mais de 20 dias fora do país tratando de assuntos da Eucatex", declarou o ex-prefeito de São Paulo.
"Não posso te ajudar em nada, porque só estou sabendo dos fatos do Brasil através de pessoas que me ligam, das fofocas que me contam, nada mais", afirmou.
O ex-prefeito negou também que tenha esticado sua viagem de Paris a Nova York por motivos políticos.
Ele alegou que foi aos Estados Unidos fechar contratos para a empresa de sua família com empresários canadenses.
Maluf disse que só se manifestará sobre o caso revelado pela Folha quando voltar ao Brasil e se inteirar melhor dos acontecimentos.
Empresário
"Fui procurado pela sua colega, a correspondente da Folha em Paris, e falei para ela que só falaria de política no Brasil. Na Europa e nos Estados Unidos estou vestido de empresário."
Segundo o ex-prefeito, ele ficará em Nova York até amanhã ou terça. "Minha volta depende do encaminhamento dos negócios da Eucatex aqui nos Estados Unidos, mas até quarta-feira devo estar no Brasil."
Maluf está viajando acompanhado por seu filho Flávio e se hospeda no hotel St. Regis, na rua 55, perto da Quinta Avenida.
O ex-prefeito de São Paulo também fez uma viagem ao exterior quando surgiram denúncias de seu envolvimento na CPI dos Precatórios.

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