São Paulo, domingo, 18 de maio de 1997
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Empresas buscam recursos nos EUA

Evento reúne companhias públicas e privadas

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DE NOVA YORK

A Abrasca (Associação Brasileira de Companhias Abertas) realiza amanhã em Nova York seminário para atrair investimento estrangeiro em empresas brasileiras.
A apresentação no hotel Plaza trará companhias de capital aberto dos setores público e privado.
Perdigão, Centrais Elétricas de Santa Catarina, Companhia de Tecidos Norte de Minas, Comgás, Petrobrás Distribuidora, Grupo Gerdau e Companhia Energética de Minas Gerais serão as empresas representadas no evento.
Realizado desde 1992, este ano o seminário terá três edições. A primeira foi em março, também em Nova York. A terceira será em setembro, em Londres.
"A estabilidade da economia brasileira e o fortalecimento do Mercosul estão gerando interesse de americanos que queiram diversificar investimentos e aplicar num novo mercado", afirmou Bill Muth, consultor financeiro da corretora Wheat First Butcher Singer.
"Em 92, os investimentos estrangeiros no Brasil não ultrapassavam os US$ 800 milhões. Em 97, podem chegar aos US$ 10 bilhões", disse o empresário Roberto Faldini, que presidiu a Abrasca até abril e organizou o seminário.
Além da estabilidade financeira, Faldini ressalta a importância do papel de Fernando Henrique Cardoso. "O presidente transmite uma imagem positiva para o exterior, uma imagem daquilo que ele realmente é, uma pessoa séria, inteligente, muito bem informada."
Roberto Faldini acredita que, entre 92, quando houve o primeiro seminário da Abrasca nos Estados Unidos, e 97, um dos pontos positivos foi a melhora no relacionamento do governo e da iniciativa privada no Brasil. "Hoje podemos trabalhar em maior sintonia."
O processo de privatização de empresas estatais também gera grande interesse no exterior.
"No seminário que fizemos em março, por exemplo, apresentamos projetos de privatização das empresas energéticas do Estado de São Paulo", explicou Luiz Roberto Cardoso, assessor da Abrasca.
O episódio da venda da Vale, que foi retardado devido a liminares contrárias ao processo de privatização, é definido por Faldini como "um escorregão".
"Eu diria que estamos ainda caminhando rumo à modernidade, e passamos, com dificuldades, por uma etapa do vestibular", disse.

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