São Paulo, domingo, 18 de maio de 1997
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O pulo do déficit; Mais embaixo; Mercado aberto; Imagem externa; Sinal amarelo; Na rota; "Neodesabafo"; Em liquidação; Ganhando reservas; "Marketing Brasil"; De pires na mão; Lá e cá; Em gestação; Na lista; Esbanjando recursos; De avental

O pulo do déficit
O déficit em conta corrente (soma do resultado comercial, de serviços e das transferências unilaterais) brasileiro cresceu em pouco mais de dois anos e meio de 0,3% para 3,9% do PIB no mês passado. O aumento foi de 1.200%.

Mais embaixo
Para os analistas de bancos, o buraco vai continuar a crescer e deve fechar o ano entre 4% (previsão mais otimista) e 5% do PIB.

Mercado aberto
Para Sérgio Gabrielli, do Banco de Boston, "o país captou menos de 5% do que pode captar no exterior. Enquanto existir esse mercado, não tem crise cambial".

Imagem externa
"No financiamento do déficit de transações correntes, a credibilidade internacional do Brasil é fundamental", diz Horácio Lafer Piva, da Fiesp. Para ele, a queda das reservas é motivo de "inquietude".

Sinal amarelo
"A perda de reservas mostra que o mercado internacional não está disposto a financiar um déficit que cresce tão rapidamente. O próprio governo reconheceu o problema ao adotar medidas como a redução do IOF (na entrada de dólares)", diz Luís Fernando Lopes, economista-chefe do Banco Patrimônio e responsável por Brasil na Salomon Brothers.

Na rota
Para a maioria dos analistas, as medidas já adotadas pelo governo apontam o "barco Brasil" na direção certa, mas não são ainda suficientemente fortes para garantir uma viagem tranquila.

"Neodesabafo"
De um economista de banco: "Não sei quanto à economia, mas para as pessoas a globalização não dará certo. São quilos de relatórios semanais sobre economia brasileira e países emergentes, milhares de reuniões semanais, visitas de investidores estrangeiros e a empresas, seminários...".

Em liquidação
O BBA Creditanstalt calcula: as privatizações vão gerar US$ 55,7 bilhões de 97 a 99 e possibilitar economia de US$ 10 bilhões em juros para o governo. Contando com os US$ 15 bilhões desde 91, "é o maior programa de privatização dos países emergentes".

Ganhando reservas
O BBA prevê déficit em conta corrente estável em torno de 4% do PIB até 1999. Apesar disso, graças às privatizações, o Banco Central vai acumular mais de US$ 4 bilhões em reservas no período, diz.

"Marketing Brasil"
Luiz Furlan, da Fiesp, propõe a criação de um órgão de promoção do comércio exterior brasileiro. "A gestão e a maior parte dos recursos seriam da iniciativa privada, para evitar o uso político de verbas e garantir dinamismo."

De pires na mão
Os investimentos do governo em promoção de comércio exterior são "uma miséria", diz Furlan. Cerca de R$ 2 milhões em 96 e R$ 8 milhões neste ano. Nos EUA, chegam a US$ 2,5 bilhões.

Lá e cá
Os analistas apostam: na terça, o Fed (banco central dos EUA) sobe os juros em 0,25 ponto percentual e, na quarta, o Copom (Conselho de Política Monetária do Brasil) mantém a TBC em 1,58%.

Em gestação
Gustavo Franco, do BC, e Manoel Félix Cintra Neto, da BM&F, estiveram reunidos, debatendo a abertura dos mercados de futuros, especialmente agrícolas, para investidores estrangeiros. Para Cintra Neto, "está havendo plena sintonia em relação ao tema".

Na lista
Entre os nomeados por FHC para mandato de três anos como juiz classista do TRT-SP estão Wilson Tanaka, do Sincovaga, e José Firmo, da Força Sindical.

Esbanjando recursos
Estudo do Instituto Liberal concluiu: a Justiça do Trabalho é uma das maiores fontes de desperdício. Entre juízes e despesas processuais, a corporação abocanha anualmente 1,5% do PIB.

De avental
O goumert e presidente da Abimaq/Sindmaq, Sérgio Magalhães, investe R$ 500 mil em restaurante de grelhados na praça Vilaboim. Promete entrar na cozinha.

E-mail: painelsa@uol.com.br

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