São Paulo, domingo, 18 de maio de 1997
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A polêmica trabalhista na Argentina

- O que diz o acordo governo/CGT
. Ficam anulados os 14 tipos de "contratos motivados" existentes, com diversos incentivos tributários para os empregadores. Eles serão substituídos por "modelos estáveis"
. As negociações com as empresas ficam sob a responsabilidade dos sindicatos nacionais. Não se prevê a negociação por empresa
. A "ultra-atividade" (prorrogação indefinida dos convênios por falta de acordo) só acaba quando terminar a vigência dos atuais contratos coletivos (em muitos casos, só depois de 1999)
. É criada a figura do árbitro trabalhista, que estabele um contrato entre trabalhadores e empresários caso não haja acordo entre as partes após o fim dos convênios em vigor
. Mantém na mão dos sindicatos a prerrogativa de fornecer os serviços de saúde complementar aos trabalhadores
. Prevê a votação da "Lei sobre o Direito à Informação", que obriga as empresas a fornecer dados contábeis e financeiros aos sindicatos

- As reclamações dos empresários
. Os custos da contratação sobem 50%, em média. Torna-se obrigatória o pagamento de multa em caso de demissão e a criação de um seguro-desemprego custeado pelo empregador e pelo governo
. Esse modelo favorece a "negociação centralizada", prejudicando empresas de menor porte e contrariando as "necessidades de uma economia competitiva"
. Querem o fim imediato da "ultra-atividade", ou, pelo menos, que ela acabe até 1999 (último ano do governo Menem)
. As empresas seriam forçadas a aceitar os termos definidos pelo árbitro. Temem que essas decisões sejam desfavoráveis a elas
. Querem maior competitividade no setor, com a participação das empresas de medicina privada
. Alegam que os sindicatos manejariam informações reservadas das empresas, podendo repassá-las aos competidores

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