São Paulo, domingo, 18 de maio de 1997
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'Não queria ter saído angustiado, mas é um mercado desonesto'

LIA REGINA ABBUD
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Depois de dez anos como repórter fotográfico, Chico Ferreira decidiu viver em Parati (RJ) com a mulher e seus dois filhos, de 4 e 8 anos. Ele trabalha com o seu barco, dando aulas de mergulho.
Ele fez trabalhos fotográficos para agências brasileiras e internacionais, para os melhores jornais de São Paulo e para revistas.
"Sempre tive paixão por fotojornalismo, mas passei a ficar mais crítico em relação à profissão."
Em 92, percebeu que sua vida era dedicada "full-time" ao jornalismo, enfurnado em salas de espera de políticos, que impediam seu trabalho. "Era hora de mudar."
"Fiquei desiludido com o trabalho na imprensa. Não era dono do meu horário e não conseguia fazer um trabalho que me interessava."
Ferreira afirma que "não queria ter saído angustiado da profissão". Mas, na opinião dele, "é um mercado muito desonesto".
Ainda neste ano, a família pretende sair para uma volta ao mundo, de dois anos, parando para trabalhar, por pequenos períodos de tempo, em alguns países.
"Meus ganhos agora são bem menores, mas vivo muito mais", afirma o ex-fotógrafo.
(LRA)

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