São Paulo, domingo, 18 de maio de 1997 |
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O prazer de enganar médicos
DA REPORTAGEM LOCAL Um raro caso de mãe que acabou admitindo que provocou doenças em sua filha é relatada pelo psicoterapeutas ingleses Peter Randall e Jonathan Parker.O caso demorou 12 meses para ser diagnosticado. Durante o período, a mãe sempre negou que abusasse da filha. Ao ser confrontada com provas, admitiu que induziu a menina a sofrer desidratação, diarréia e vômitos. Após a confissão, a mãe se submeteu a quase um ano de psicoterapia. Ela disse que abusou da filha para chamar a atenção dos médicos, ao mesmo tempo em que tinha prazer em enganá-los. Ao fim da terapia, o caso ainda foi acompanhado por mais 15 meses, sem que tenha ocorrido qualquer recaída aparente da mãe. Na avaliação dos terapeutas, no fundo, o problema da mãe parecia ser uma relação conflituosa, possivelmente com algum tipo de abuso, que havia entre ela e seu pai. O caso confirma a idéia dos terapeutas de que a grande dificuldade no tratamento da síndrome é a insistência da mãe em não admitir que abusou ou abusa do filho. O que leva à conclusão óbvia: só é possível tratar quem está disposto a se submeter a tratamento. Texto Anterior: O prêmio dado por Hillary Próximo Texto: O flagrante de um distúrbio Índice |
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