São Paulo, sexta-feira, 23 de maio de 1997 |
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Reis Velloso elogia os debates do Rio Objetivo era encontrar convergências DA SUCURSAL DO RIO O ex-ministro João Paulo dos Reis Velloso afirmou ontem que o 9º Fórum Nacional, que organizou e coordenou, "refletiu a agenda nacional" de questões do momento e foi um dos melhores já feitos. Segundo ele, o objetivo -encontrar convergências em torno das questões debatidas- foi atingido.Promovido no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o 9º Fórum Nacional acabou ontem. Durante quatro dias, teve seis painéis, que reuniram políticos, economistas e pesquisadores, discutindo problemas brasileiros. "No primeiro painel ('Reformas e Desenvolvimento'), mesmo levando em conta as diferenças de opinião, todos concordaram que o ajuste fiscal é fundamental não só para o combate à inflação mas também para o controle do déficit em conta corrente no balanço de pagamentos", disse ele. O ex-ministro referia-se à diferença entre entradas e saídas de dólares do Brasil, incluindo pagamento de importações, serviços e direitos. Seu aumento tem sido acompanhado com preocupação por economistas e políticos. Outra idéia para qual os debatedores convergiram, segundo Velloso, foi a de que os esforços de ajuste fiscal e para financiamento do déficit em conta corrente são essenciais para que o país volte a ter um ciclo de crescimento sustentado. "O objetivo não é apenas crescer um pouco mais", disse. "A idéia é que o Brasil possa iniciar um novo ciclo longo de crescimento, como teve nos anos 50, como teve nos anos 70." Mais uma convergência, para Reis Velloso, foi estabelecida no painel "Emprego e Crescimento", apesar de algumas discordâncias. Segundo ele, ficou clara a preocupação de aumentar a competitividade do Brasil nos setores de "bens comercializáveis", ou seja, aqueles em que há concorrência de produtos importados e aqueles que são importantes do ponto de vista das exportações. "Isso apareceu em pelo menos três em autores de 'papers' (análises)", disse Reis Velloso. O ex-ministro também gostou do que chamou de "diálogo entre MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura) e empresários", no painel "Reforma Agrária e Política Agrícola". Texto Anterior: Colega contesta teses do presidente do STF Próximo Texto: Covas fecha acordo para rolar dívida de R$ 50,4 bi Índice |
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