São Paulo, sexta-feira, 23 de maio de 1997
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TR ganha fórmula flexível

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O CMN (Conselho Monetário Nacional) modificou ontem o cálculo do redutor da TR (Taxa Referencial), que funciona como indexador da caderneta de poupança e dos saldos devedores de financiamentos imobiliários.
A partir de novembro, o redutor da TR será fixado com maior flexibilidade em relação aos juros em geral.
O redutor é aplicado à TBF (Taxa Básica Financeira), que é a média dos juros pagos nas aplicações de CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) prefixados.
A TBF será móvel, baseada em taxas dos últimos cinco dias úteis.
O objetivo da mudança, segundo o diretor do Dipom (Departamento de Política Monetária) do Banco Central, Francisco Lopes, é incorporar no redutor o efeito da variação dos juros.
O redutor da TR vem sendo anunciado com seis meses de antecedência e é fixo. Até outubro já está fixado em 0,95%. Com a mudança na fórmula, a partir de novembro o redutor vai se alterar automaticamente de acordo com os juros dos CDBs, sem a necessidade a se definir com antecedência seu percentual.
Lopes disse que a mudança não tem o propósito de aumentar ou reduzir a rentabilidade das aplicações em caderneta de poupança. "A intenção é não fixar o rendimento da poupança sem saber a situação dos juros", afirmou.
A queda do redutor da TR aumenta os rendimentos da caderneta e vice-versa.
Nos bancos que chegaram a analisar a nova fórmula, a conclusão preliminar é que o efeito não será aumentar ou diminuir a TR, mas deixá-la mais flexível à mudança de patamar do juro.

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