São Paulo, sexta-feira, 23 de maio de 1997
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Mattel prevê faturar 30% a mais com lançamento

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DE NOVA YORK

O lançamento de uma boneca em cadeira de rodas faz parte da estratégia da Mattel Inc., empresa norte-americana fabricante de brinquedos, de conseguir, em 1997, um faturamento 30% maior do que no ano anterior com os produtos da linha Barbie.
Em 1996, a Mattel faturou US$ 1,7 bilhão com a venda de produtos da família Barbie, que pode ser encontrada em mais de cem países. "Em 1997, queremos ultrapassar os US$ 2,2 bilhões", disse Maribeth Elmes, gerente de produtos. "Queremos atingir as minorias, de deficientes físicos à comunidade negra ou latina."
Além da Becky, estão à venda a Christie, que é negra, e a Teresa, latina. Depois de fabricar a Becky, a Mattel pensa em produzir acessórios para a boneca.
"Não teria sentido fazermos uma bicicleta para a Becky, mas podemos pensar numa cadeira de rodas motorizada, numa cozinha adaptada para quem seja paraplégico ou tenha paralisia infantil."
A Becky está sendo vendida na loja Toys "R" Us, em Nova York, por US$ 19,99. Ontem, superou a própria Barbie em número de unidades vendidas na loja da rua 34 com a Sexta Avenida. Foram 71 unidades vendidas da Becky contra 56 da Barbie.
A partir do fim-de-semana, ela estará à venda em outros Estados. "Estamos estudando também levá-la para outros países."
O Centro Nacional de Pais de Portadores de Deficiência Física e o Centro Nacional Lekotek, especializado em brinquedos para crianças com deficiência física ou mental, ajudaram no projeto. Eles terão direito a 5% do total arrecadado com as vendas da Becky.

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