São Paulo, sexta-feira, 23 de maio de 1997
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Banco Mundial vê risco em privatizar

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Os países em desenvolvimento devem controlar e reduzir o nível de passivos que assumem ao darem garantias em processos de privatização, para evitar o perigo de uma nova crise como a dos anos 80, advertiram ontem especialistas do Banco Mundial.
Tais obrigações, particularmente em projetos de infra-estrutura, "não constituem um risco hoje em dia, mas estão crescendo rapidamente e se não forem adotadas medidas compensatórias poderemos ter uma crise daqui a dez anos", disse Guillermo Perry, economista do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe.
Em muitos casos os governos não estão levando em consideração de forma adequada esses passivos nem criando reservas para cobri-los.
As obrigações incluem garantias contra riscos políticos e regulatórios, variações nas taxas de câmbio e de juros, volumes de demanda e preços mínimos em certos projetos que envolvem concessões. A maior ameaça, como na crise da dívida, é uma precipitação "em cascata" das obrigações no caso de uma recessão.
O tema será debatido na conferência "Gestão de Risco Governamental em Projetos de Infra-Estrutura Privada", em Cartagena, Colômbia, dias 29 e 30 de maio.

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