São Paulo, domingo, 25 de maio de 1997 |
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Impacto divide especialistas
CRISPIM ALVES
"Não há dúvida de que resolveria significativamente o problema da superlotação", afirmou Luiz Flávio Borges D'Urso, presidente do Conselho Estadual de Política Criminal e Penitenciária de São Paulo. Para Luís Antonio Marrey, procurador-geral de Justiça de São Paulo, a situação é inversa. "A grande maioria dos presos não são passíveis de penas alternativas. Os dados comprovam isso. Existe um pouco de mito nessa história." Segundo o juiz Francisco Galvão Bruno, corregedor da Polícia Judiciária, as penas alternativas, ampliadas, contribuiriam para diminuir os problemas nos presídios, mas não os resolveriam. Como Marrey, Bruno defende a construção de mais cadeias como uma solução momentânea. Apesar disso, afirma que cadeia não reeduca ninguém. "No Brasil, a cadeia só piora o indivíduo." D'Urso, Fonseca e Bruno concordam em um ponto. No caso de um motorista que mata em um "racha", por exemplo, a pena deveria ser alternativa (serviços prestados, proibição de dirigir etc.). "Em um país ideal, iria para cadeia. No Brasil, não", disse Bruno. Texto Anterior: Projeto permite liberar 20% dos presos Próximo Texto: Falso sem-teto invade e vende imóveis Índice |
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