São Paulo, domingo, 25 de maio de 1997![]() |
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'A dificuldade é como crescer'
DA REPORTAGEM LOCAL A seguir, Furlan fala dos incentivos às exportações e importações.Folha - O sr. acha possível uma forte recuperação das exportações nos próximos doze meses? Furlan - Elas estão mais ou menos paradas ao redor de US$ 50 bilhões e terão que crescer. A grande dificuldade é como crescer. O desejável seria que alguns dos estímulos, tais como a desoneração do ICMS das exportações de produtos primários e semi-elaborados e as iniciativas de financiamento, pudessem dar resultados a médio prazo, com crescimento de 10% sobre o nível atual. Folha - E as importações? Furlan - As importações, nos últimos meses, têm crescido na ordem de 20% a 25% ao ano. Nesse ritmo, poderíamos ter importações acima de US$ 60 bilhões, talvez entre US$ 60 bilhÕes e US$ 70 bilhões, por ano, daqui a 12 ou 15 meses, carregando assim um déficit ao redor de US$ 10 bilhões. Folha - Essa situação vai limitar o crescimento da economia? Furlan - Acho que não, porque o país tem condições de ser mais agressivo nas exportações. Folha - A fragilidade das contas externas é um obstáculo à continuação da retomada dos investimentos diretos estrangeiros? Furlan - Não há nenhum impedimento capaz de limitar os investimentos externos. A própria enquete do World Economic Forum, da Suiça mostra que há uma confiança muito maior dos estrangeiros no setor privado do que a própria classificação do país. Texto Anterior: Déficit passa limite razoável, diz Furlan Próximo Texto: Era da enganação acabou, decreta Franco Índice |
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