São Paulo, segunda-feira, 26 de maio de 1997
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As franquias virtuais

MARCELO CHERTO

Há uns dois anos, escrevi, aqui neste espaço, que empresas que operam através de redes com um certo número de filiais (bancos, redes de supermercados, empresas varejistas etc.) iriam, mais cedo ou mais tarde, adotar mecanismos típicos de uma operação de franchising para aumentar o desempenho e garantir um mínimo de uniformidade nessas unidades próprias.
Chamei a coisa de "franquia virtual" e me lembro que, na época, fui pesadamente atacado e chamado de maluco, inclusive por gente que trabalhava próximo de mim. Pois o tempo passou e me vejo agora envolvido em dois projetos desse gênero, com mais dois "quase dobrando a esquina".
Infelizmente, por uma questão de sigilo profissional, não posso revelar o nome das empresas que já estão desenvolvendo suas franquias virtuais. Mas posso garantir que já está acontecendo. Simplesmente por que faz sentido.
Aliás, convém dar uma filosofada e verificar que a razão está com Dee Hock, quando diz que a cabeça da gente é uma sala cheia de mobília velha e que é preciso, de vez em quando, fazer uma boa faxina e tirar a velharia, de modo a criar espaço para que idéias novas possam entrar.
Desempenho
Também empresas que se utilizam de redes terceirizadas para desempenhar certas atividades vitais para sua existência ou para sua sobrevivência no mercado passaram, nos últimos tempos, a se utilizar de certas ferramentas típicas das operações de franchising para, assim, melhorar o desempenho de tais redes, agregando-lhes diferenciais competitivos.
Empresas que mantêm, por exemplo, redes de assistências técnicas autorizadas, ou de revendas autorizadas etc., estão vendo que, mesmo sem transformar os integrantes dessas redes em verdadeiras franquias, na acepção do termo, podem (e devem) usar certos mecanismos típicos de uma franquia, para agilizar ou aperfeiçoar o modo como suas redes atuam.
E isso é bom para todos: para a empresa, para a rede e para o consumidor.
Definição
Em sua passagem por São Paulo, Greg Nathan deu a melhor definição de marketing que já ouvi: "Marketing é tudo aquilo que você faz para levar os outros a comprar o que você tem para vender".

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