São Paulo, domingo, 1 de junho de 1997
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Partido do governo é favorito no Canadá

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O Partido Liberal, do governo, é o favorito nas eleições gerais de amanhã no Canadá, apesar de ter perdido grande parte de sua popularidade.
Segundo as pesquisas, o partido do primeiro-ministro Jean Chrétien terá entre 36% e 42% dos votos, e provavelmente conseguirá manter a maioria na Câmara dos Comuns (Câmara Baixa).
Durante a maior parte dos três anos e meio da última legislatura, o Partido Liberal teve um índice de popularidade muito superior, por volta de 50%.
A popularidade do governo vem caindo principalmente devido à alta taxa de desemprego (9,6%) e ao fato de que ele não conseguiu resolver o problema do separatismo da Província de Québec, de língua francesa.
Apesar de favorito, o Partido Liberal não tem garantida a maioria no Parlamento. Cada uma das 301 regiões eleitorais elege apenas um candidato. Um partido pode ser o mais votado no conjunto, mas não eleger o maior número de deputados.
Na eleição passada, em 1993, o Partido Liberal obteve 41% dos votos -e elegeu 177 dos 295 deputados da Câmara dos Comuns, ou seja, 60% do Parlamento.
Em segundo lugar nas pesquisas está o Partido Conservador, com cerca de 20% das intenções de voto. O Partido da Reforma (de tendência conservadora) deve ter 18%, e o Partido Neodemocrata, por volta de 11%.
O Bloco Quebecois, que defende a separação da Província do restante do país, deve receber entre 9% e 10% do total.
Os separatistas estão perdendo terreno em Québec. Nas eleições de 93, o BQ elegeu 54 dos 75 deputados do Parlamento provincial, com menos de 50% dos votos. E, devido às peculiaridades do sistema canadense, se tornou o maior partido de oposição no Parlamento federal.
Mas as pesquisas mostram que nestas eleições, ele tem cerca de 33% dos votos na Província, contra 30% do Partido Conservador. A explicação é a popularidade do líder conservador Jean Charest, natural de Québec.
O nordeste do Canadá pode se tornar o primeiro lugar no mundo em que as mulheres ocupam metade das cadeiras no Parlamento.
Os habitantes de uma remota região no Ártico, que em 1999 se tornará o novo território canadense de Nunavut, também estarão votando num plebiscito sobre um projeto que torna obrigatória a eleição de uma quota de 50% de mulheres no futuro Parlamento. Nunavut abrange três zonas horárias, mas tem apenas 25 mil habitantes, a maioria esquimós.

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