São Paulo, segunda-feira, 2 de junho de 1997
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Chuteiras de performance chegam ao mercado

JULIANA GARÇON
DA REPORTAGEM LOCAL

O futebol brasileiro promete. Ao menos para os fabricantes de chuteiras e equipamentos para o esporte.
A Penalty, marca voltada exclusivamente para o futebol, respondeu por 80% do faturamento da Cambuci. A empresa espera que as chuteiras, bolas e equipamentos da marca rendam US$ 16,8 milhões mais que em 96.
A Diadora vendeu, de maio -mês em que entrou no mercado brasileiro- a dezembro de 96, 80 mil pares de chuteiras. Atualmente vende cerca de 40 mil pares por mês e espera chegar ao fim do ano com a marca de 250 mil. Até o ano 2000, quer vender 400 mil por ano.
Refinadas
Calçados tradicionalmente populares e acessíveis, as chuteiras começam a cavar um espaço no gosto do consumidor de produtos sofisticados.
Os modelos mais baratos ainda são os campeões de vendas, de acordo com Roberto Estefano, presidente da Cambuci e da Associação Brasileira de Indústria de Artigos Esportivos (Abiae). As chuteiras " altamente comerciais" da Penalty, como classifica Estefano, custam entre R$ 45 e R$ 60. As da Diadora, entre R$ 60 e R$ 70.
Usadas por estrelas dos times de futebol, as chuteiras de alta performance são dotadas de novidades tecnológicas e têm custo mais alto.
A Nike põe no mercado, em julho, um modelo feito de couro de canguru com preço de R$ 190. De acordo com Sonia Contreras, assessora da empresa, a Nike ainda não tem previsão de vendas para o produto. "A Nike vai usar a Air GX para se firmar como marca de tecnologia", diz. O modelo, que tem como diferencial a amarração lateral, promete um "toque de bola insuperável".
A Bomber Brasil, da Diadora, também em couro de canguru, tem travas atarraxadas que podem ser trocadas e preço médio de R$ 150.
A Umbro está trazendo da Itália a "chuteira mais leve do mundo". Feita em couro de canguru, pesa 250 gramas no caso do par número 39, de acordo com a empresa. Custará R$ 255.
O lançamento da Penalty, em couro natural, custa entre R$ 80 e R$ 90. Os modelos coloridos, em azul-petróleo, vermelho-terra e verde-musgo, custam R$ 100. A empresa também faz segredo quanto às expectativas com o novo modelo.
A Reebok aproveitará a Copa América para lançar uma chuteira sem cravos, que usa um novo sistema de suporte. A empresa garante que é a de maior tecnologia. "O consumidor quer usar o produto que vê os jogadores usando", diz Czarnowski.

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