São Paulo, segunda-feira, 2 de junho de 1997
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Redes devem continuar com sistema misto de compras

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

O Barateiro, rede de supermercados com 31 lojas, quer aumentar de 50% para 65% o volume de mercadorias adquiridas de forma centralizada, para todas as lojas.
"Estamos tentando centralizar a compra na negociação diária com o fornecedor", diz João Fernandes D'Almeida Filho, diretor de marketing.
Segundo ele, o que vai continuar descentralizada é a aquisição de produtos perecíveis. "Mas o que der para comprar centralizado vamos fazê-lo por causa da redução de custos que se consegue."
D'Almeida Filho conta que a média do giro das mercadorias no Barateiro é de 16 dias. Com a compra centralizada, acredita, é possível reduzir esse prazo.
O grupo Sendas, que controla os supermercados Sendas e os hipermercados Bon Marché, trabalha com as duas formas de negociação. A centralizada foi adotada para os supermercados, e a descentralizada, para os hipermercados.
No Sendas, que tem 47 lojas, a negociação é totalmente centralizada. As entregas -em torno de 70% das compras- são feitas no depósito central e também nas lojas (30%), informa Luiz Cássio Ratto, diretor de marketing.
"Não devemos mudar isso. Só nas grandes lojas (Bon Marché) é possível trabalhar de forma descentralizada, porque a quantidade de pedidos é suficientemente grande para uma boa negociação."
A Folha apurou que o Carrefour está experimentando a centralização de perecíveis dos setores de hortifrútis, peixaria e básicos.
Para Cássio Ratto, a estabilização da moeda propicia condições favoráveis para uma negociação centralizada. Mas, para ele, as duas formas de negociação -a centralizada e a descentralizada- podem ser eficientes.
(FF)

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