São Paulo, quarta-feira, 4 de junho de 1997
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Tarefa é cuidar da aliança eleitoral para 98

MARTA SALOMON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Ainda estão em aberto os planos para as eleições de 1998 do deputado Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), segundo avaliação de seu pai e presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães. Se aceitar o convite para a liderança do governo na Câmara, o deputado passará a cuidar da futura aliança eleitoral para 98.
O provável futuro articulador político do governo poderá se candidatar ao governo da Bahia, ao Senado, ou ainda a vice numa eventual chapa de FHC ao Palácio do Planalto.
"Não é impossível (a candidatura a vice), embora não seja a opção mais provável", disse ACM. O mais provável é que Luís Eduardo concorra ao Senado e que a chapa de 1994 seja reeditada com FHC e Marco Maciel.
Dois dos principais inventores da aliança PSDB-PFL que elegeu FHC -ACM e o governador do Ceará, Tasso Jereissati- discutiram ontem a reedição da aliança. A reunião-almoço aconteceu no gabinete da presidência do Senado.
"Tudo o que está se trabalhando é 1998", resumiu ACM no início da noite, sem entrar em detalhes do conteúdo da conversa: "Como estamos precisando ficar fortes, pedimos espinafre", contou.
Jereissati não tem dúvidas sobre a reedição da aliança de pefelistas com tucanos. "De qualquer maneira, a composição da base de 98 vai ser a mesma de 94", disse, insistindo em que não se preocupava com o fato de o PFL assumir o comando da articulação política.
"Não existe preocupação de espaço: nós dois fizemos a aliança de 94", ponderou Jereissati.
O governador não inclui o PMDB na "base" da aliança de uma eventual candidatura de FHC à reeleição. "Para mim, o PMDB como todo ainda não está claro: o partido ainda tem de se definir."
Jereissati não descarta a possibilidade de Luís Eduardo vir a ocupar o lugar de vice na chapa de FHC. No Planalto e entre os amigos de Luís Eduardo, não se espera que o novo líder consiga aprovar os pontos polêmicos das reformas administrativa e da Previdência.
Entre as propostas de emenda constitucional, o governo considera mais importante prorrogar a vigência do FEF (Fundo de Estabilização Fiscal), para evitar um rombo nas contas públicas.
(MS)

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