São Paulo, quarta-feira, 4 de junho de 1997
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Rodízio pode ser adiado, admite governo

FABIO SCHIVARTCHE
DA REPORTAGEM LOCAL

A 13 dias da provável data para o início do rodízio de veículos na região metropolitana de São Paulo, o secretário do Meio Ambiente, Fábio Feldmann, admitiu a possibilidade de adiar a operação.
O decreto, que vai regulamentar a lei sancionada anteontem pelo governador Mário Covas, já está pronto. Mas, segundo Feldmann, só deve ser publicado no final desta semana ou no início da próxima, quando forem decididos detalhes do rodízio.
"Só vamos iniciar o rodízio com a certeza de que estamos preparados para implantar a operação", disse Feldmann.
Inicialmente, o rodízio teria início no mês passado. Mas foi adiado para o dia 16 de junho porque houve atraso no envio do projeto à Assembléia Legislativa.
Indefinição
Os motivos para a indefinição do início da operação são vários, afirmou o secretário.
A negociação com as empresas de transporte de combustível, por exemplo, ainda não foi concluída.
O setor intensifica seu trabalho às segundas e sextas-feiras, mas pela lei aprovada na Assembléia a cada dia 20% da frota ficará impedida de circular.
O governo está tentando transferir para os finais de semana o abastecimento dos postos.
Outro ponto que ainda não foi definido é a criação das "vias de passagem" -avenidas que terão tráfego livre para caminhões por fazerem a ligação entre rodovias.
Os convênios com as prefeituras dos nove municípios abrangidos pelo rodízio também dependem do decreto.
Por último, a greve na Cetesb (a agência ambiental paulista), encerrada ontem, atrasou o cronograma para a contratação temporária de 400 funcionários que deverão trabalhar na operação.
"Prefiro atrasar em uma semana o rodízio a iniciá-lo sem que o pessoal esteja preparado", declarou o secretário Fábio Feldmann em entrevista coletiva na Secretaria do Meio Ambiente.
Deficientes
Este ano, além dos carros de deficientes físicos, também devem ser liberados do rodízio veículos cujos motoristas estiverem transportando deficientes mentais.
Esses carros serão cadastrados pela secretaria e poderão circular livremente, sem pagar a multa de R$ 100 -valor que dobra em caso de reincidência.
Às segundas, carros com placas de finais 1 e 2 não poderão circular; às terças, carros com placas de finais 3 e 4, e assim por diante.
O governo estuda também a possibilidade de alternar os dias e os finais de placa respectivos, para evitar prejuízos aos mesmos motoristas.

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