São Paulo, quarta-feira, 4 de junho de 1997
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Índio recebe homenagem

RENATA GIRALDI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O índio pataxó Galdino Jesus dos Santos, 44, morto em 20 de abril, foi homenageado ontem em Brasília. Uma escultura representando o índio morto e depois ressuscitado foi erguida a 50 metros do ponto de ônibus onde o pataxó foi queimado.
A escultura é do artista plástico goiano Siron Franco, 49, que se ofereceu para homenagear Galdino "em nome de todos os injustiçados". O trabalho é feito em aço e ferro. Franco escolheu o aço e o metal porque, disse, são materiais que resistem até 500 anos ao ar livre.
"A arte tem de ser otimista. Eu pensei nisso: no chão está ele (Galdino) morto, mas em cima ele está vivo, livre, porque o espírito é isso", disse Franco.
Durante a homenagem, o governador do Distrito Federal, Cristovam Buarque, afirmou que os culpados pela morte de Galdino não podem ficar impunes.
Os representantes de várias tribos indígenas pediram que o governo federal não se esqueça que outros índios são assassinados no Brasil.

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