São Paulo, quarta-feira, 4 de junho de 1997
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Fábricas investem para elevar produção

MAURICIO ESPOSITO
DA REPORTAGEM LOCAL

Fabricantes de equipamentos para telefonia celular estão investindo na ampliação da produção.
As empresas do setor apostam em crescimento das vendas com a entrada dos consórcios privados na exploração da banda B da telefonia celular.
Segundo o diretor-presidente da NEC, Gilberto Garbi, as licitações da banda B irão gerar encomendas de até US$ 7 bilhões em obras de infra-estrutura e em equipamento em todo o Brasil.
A NEC investirá neste ano cerca de US$ 40 milhões para ampliar a linha de produção e criar novos produtos.
O volume de investimentos na fábrica sempre oscilou entre US$ 15 milhões e US$ 20 milhões ao ano.
"Faturamos US$ 900 milhões em 1996 e esperamos chegar a US$ 1,6 bilhão neste ano", disse Garbi.
A Zetax Tecnologia S/A, fabricante de centrais telefônicas, está iniciando uma parceria com a coreana Lucky GoldStar para entrar na área de telefonia celular móvel.
"Cerca de US$ 27 milhões serão investidos em desenvolvimento tecnológico para a fabricação de centrais de telefonia celular móvel", disse Pedro Nolasco, presidente da holding controladora da Zetax.
Segundo Roberto Isnard, diretor da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), as empresas que atuam no setor deverão faturar em 1997 cerca de US$ 10 bilhões, contra US$ 8 bilhões no ano passado.
Em 1998, quando os consórcios já estarão operando a banda B, a previsão é que o faturamento do setor cresça de 25% a 30%, de acordo com Isnard.
As importações de equipamentos de telefonia celular também deverão ser favorecidas.
A Philips do Brasil estuda a importação de um modelo de telefone celular digital lançado no mercado mundial em março último, segundo informações da assessoria de imprensa.
A previsão de explosão da demanda por telefones celulares tem reflexos até no varejo.
A Celular Brasil, em operação desde setembro de 1996, tem projeto para fechar 1997 com 20 lojas.
A empresa já tem duas lojas próprias e cinco franqueados que deverão abrir seus pontos em junho.
Segundo Ricardo Langanke, um dos sócios, a expectativa é que as 20 lojas juntas faturem até US$ 3 milhões por mês.

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