São Paulo, quarta-feira, 4 de junho de 1997
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Acesita fecha plano de investimentos em 97

Valor chegou a US$ 500 mi

FERNANDO PAULINO NETO
DA SUCURSAL DO RIO

A Acesita fecha em 1997 o seu plano se investimento iniciado com a privatização, em 1993. Foram mais de US$ 500 milhões que serviram para modernizar a empresa depois que ela passou para a iniciativa privada.
Entre os investimentos, um dos mais importantes, segundo o diretor-presidente da empresa, Wilson Brumer, é a expansão da área de inox da fábrica em Timóteo (MG). A empresa já aumentou sua capacidade de produção de aço inox para 130 mil toneladas/ano e vai iniciar o ano que vem com a possibilidade de produzir 290 mil toneladas do produto.
O inox é responsável por 27% das vendas físicas da siderúrgica e 57% do faturamento total da empresa, que obteve um lucro de R$ 2 milhões no primeiro trimestre deste ano (ante um prejuízo de R$ 13,4 milhões no mesmo período do ano passado).
Além dos investimentos industriais, a Acesita gasta cerca de US$ 1 milhão por ano em marketing para divulgar novos usos para o aço inox. Dois dos mercados considerados prioritários são os de construção civil e autopeças.
O consumo de inox no país vem aumentando, mas ainda está longo do que ocorre no Primeiro Mundo. Em 1993, o consumo per capita era de 600 gramas. No ano passado, chegou a 950. A perspectiva de Brumer é que termine 1997 com mais de um quilo per capita.
No Japão, o consumo é de 18 quilos per capita, na Europa, 12 quilos e nos EUA, dez quilos.
Além da nova fábrica, outro projeto estratégico para a redução de custos da Acesita é o aumento da capacidade da usina hidrelétrica Sá Carvalho, que era responsável por 40% de toda a necessidade de energia elétrica da empresa. Agora, ela é auto-suficiente em 60%.
A partir do ano que vem, os investimentos da Acesita devem ficar em torno de R$ 50 milhões por ano, o necessário para evitar a depreciação do maquinário.
Dona de 39% do capital total e 34% do capital ordinário (com direito a voto) da CST (Companhia Siderúrgica de Tubarão), a Acesita conta com o investimento da empresa em máquinas para laminação a quente para reduzir seu custo operacional na produção.
Com a evolução da CST, a Acesita vai passar a laminar 200 mil toneladas de aço inox na CST com uma redução de custo de US$ 30 por tonelada.
Fusão
Os quatro fabricantes nacionais de tubos em aço inox vão se fundir em uma só empresa dentro de, no máximo, 60 dias, para terem condições de serem competitivas em relação à concorrência internacional, segundo informou o presidente da Acesita, Wilson Brumer.
A Acesita Sandkiv participa da empresa com Taquisa, Tubra e Tubinox. As quatro juntas faturaram em 96 cerca de R$ 70 milhões. Ninguém entrará com dinheiro. A participação acionária será correspondente ao tamanho de cada um.

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