São Paulo, quarta-feira, 4 de junho de 1997
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Besc quer emitir ainda em 97

DA REPORTAGEM LOCAL

A decisão do CMN (Conselho Monetário Nacional) de dificultar o acesso de bancos estaduais ao mercado internacional deve ter poucos efeitos práticos, ao menos no curto prazo.
Isso porque em muitos casos essas instituições estão com sérias dificuldades financeiras, alguns em processo de privatização e outros, como o Banespa, sendo administrados pelo governo federal.
Já no caso do Besc (Banco do Estado de Santa Catarina), por exemplo, a situação é diferente, já que o banco é uma das poucas instituições estaduais com boa avaliação.
Justamente por isso, diz o diretor financeiro do Besc, Francisco Grossl, o banco deve levar adiante a intenção de emitir um lote de títulos no mercado externo, ainda no segundo semestre deste ano.
Na avaliação de Grossl, a decisão do CMN de exigir que o banco emissor tenha uma avaliação de risco igual ou superior à da União terá o efeito de "elevar os custos fixos" da emissão, por conta da consultoria que dará a nota.
"Mas com uma avaliação de risco fatalmente a captação acabará tendo um custo menor", diz.
No ano passado, o Besc captou US$ 30 milhões, pagando aos investidores taxa anual de 10,75%.
A Folha ouviu ainda o Banestado (PR), Banerj (RJ) e Banespa (SP). Neles não há previsão de emissões.
No caso do Banestado, porque o novo presidente assume na quinta-feira. Já o Banerj deve ser privatizado neste mês e o Banespa está sob a administração do BC.

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