São Paulo, quarta-feira, 4 de junho de 1997
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Newton desloca e chuta

DA "NEW SCIENTIST"

Os pesquisadores do Newton Labs -Anne Wright, Randy Sargent, Carl Witty e Bill Balley- não pouparam esforços para aperfeiçoar o sistema de visão que acompanha manchas coloridas em sucessivos quadros de vídeo e é capaz de identificar seus formatos. Durante as partidas, uma câmera de vídeo olhava o campo do alto. A equipe ligou seu sistema de visão à câmera. O sistema informava ao computador controlador -60 vezes por segundo- a localização da bola laranja, juntamente com a posição e a orientação dos robôs do Newton. O rival mais próximo só fazia o mesmo dez vezes por segundo.
O controlador previa continuamente a posição da bola e fazia cálculos constantes para decidir as melhores jogadas para os dois atacantes.
Calculava onde a bola estaria dentro de um segundo, por exemplo, e perguntava se um dos robôs poderia alcançar aquela posição e marcar um gol. Se a resposta fosse "não", ele passava a calcular a posição para dois segundos depois, e assim por diante.
Em algum momento, o controlador mandava um recado via rádio a um dos centroavantes, dizendo com que rapidez tinha de operar seu motor para poder chutar a bola em gol ou fazê-la rebater da lateral.
Embora os robôs do Newton tivessem reações rápidas, nem sempre miravam bem. Seus movimentos desajeitados apresentaram erros que, às vezes, faziam a bola errar o alvo. Mas, às vezes, até isso parecia ser deliberado. "Quem assistia às partidas poderia jurar que se tratava de passes -mas não foram intencionais", conta Sargent.
Os robôs do Newton tinham apenas mais algumas regras. Um centroavante que não estava com a bola recebia ordens de recuar entre a bola e o seu próprio gol.
Os centroavantes também eram sujeitos a dois programas que funcionavam como forças repelentes.
Uma força forte de curto alcance os mantinha afastados dos outros robôs e das laterais, enquanto uma força fraca, de longo alcance, mantinha cada um deles o mais longe possível de seu colega centroavante.
O terceiro robô -o goleiro-, era dirigido por um programa que o mantinha movendo-se lateralmente, acompanhando o movimento da bola.
O movimento só mudava se o controlador calculasse que a bola iria a gol, caso em que o goleiro se movia lateralmente para interceptá-la.

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