São Paulo, quarta-feira, 4 de junho de 1997
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Suspeito implica empresário em crime

DE BUENOS AIRES

Os médicos que aplicaram um teste psiquiátrico no ex-policial Gustavo Prellezo (suposto assassino do repórter fotográfico José Luis Cabezas) informaram ontem que o empresário Alfredo Yabrán pode estar envolvido no crime.
Em depoimento à Câmara Penal de Dolores (na região costeira da Província de Buenos Aires), José Antonio Abasolo e Silvia Dulau Dumm disseram que Prellezo acusou Yabrán de ser o autor intelectual do crime.
Prellezo teria admitido que recebeu uma orientação direta do empresário para "pressionar" o fotógrafo. Ele teria perdido o controle da situação, e o jornalista acabou levando um tiro na cabeça.
Outras quatro pessoas estão presas por participarem do assassinato de Cabezas, que teve o corpo queimado depois de morto. Até agora, as investigações apontam para uma vinculação indireta de Yabrán com o homicídio, que foi cometido em 25 de janeiro deste ano.
A conta do telefone celular de Prellezo traz diversas ligações para empresas de Yabrán para o chefe da equipe de seguranças do empresário, Gregorio Ríos.
Ainda não está esclarecida qual a razão que Yabrán teria para ordenar a morte do fotógrafo.
Cabezas publicou na revista "Notícias" reportagens fotográficas sobre as vinculações do empresário com o governo federal. Yabrán é amigo de Emir Yoma, ex-cunhado e ex-assessor do presidente Carlos Menem.

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