São Paulo, quarta-feira, 4 de junho de 1997 |
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Júri começa a decidir pena de McVeigh
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
O mesmo júri de sete homens e cinco mulheres que o consideraram culpado do pior ato terrorista da história dos EUA vai decidir se McVeigh será executado ou não. Promotoria e defesa se reuniram ontem com o juiz do caso, Richard Matsch, para resolverem que testemunhas poderão depor a partir de hoje. A defesa quer restringir depoimentos que ela considera "excessivamente violentos". A promotoria pretende usar grande número de familiares de mortos na explosão e de sobreviventes. Pesquisa de opinião pública realizada pelo Instituto Gallup mostra que 61% das pessoas ouvidas acham que McVeigh deve ser condenado à morte. A mais recente execução patrocinada pela Justiça federal nos EUA ocorreu em 1963. A mesma pesquisa revela que só 3% dos consultados discordam do veredicto do caso McVeigh. A decisão do júri de Denver recebeu a mais alta aprovação pública entre recentes casos criminais controvertidos no país. Por exemplo: 56% discordaram do veredicto do caso O. J. Simpson; 27%, do resultado do episódio de William Kennedy Smith, e, 16% da decisão nos incidentes com Rodney King. O juiz Matsch afirmou ontem que pretende iniciar "o mais depressa possível" o julgamento do outro acusado pela explosão de Oklahoma City, Terry Nichols. A promotoria afirma que Nichols, 41, ao contrário de McVeigh, confessou ter planejado a explosão contra o edifício do serviço público federal em Oklahoma City. Mas ele diz ter abandonado o projeto por achar que McVeigh não seria capaz de executá-lo. Nichols e McVeigh estiveram juntos no campo de treinamento do Exército em Fort Riley, Kansas, Meio-Oeste do país. Nichols deixou o Exército em 1989. McVeigh serviu na Guerra do Golfo, em 1991, quando foi condecorado por bravura. Nichols teve ligações com a milícia de Kansas, organização política de extrema direita. (CELS) Texto Anterior: Filho de megaexecutivo é morto nos EUA Próximo Texto: Neto de Malcolm X é indiciado por fogo Índice |
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