São Paulo, quinta-feira, 5 de junho de 1997
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Policiais protegeram rebelados

MARCELO GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL

Os presos rebelados só foram retirados da Casa de Detenção após a tropa de choque montar um esquema de proteção a fim de que os amotinados não fossem agredidos pelos agentes penitenciários.
Os funcionários se diziam cansados da transigência do governo, que concordara em transferir os presos que os fizeram reféns em cada uma das três revoltas ocorridas no presídio neste ano.
Antes da entrada da tropa de choque na Detenção, os agentes se aglomeraram no pátio central do presídio, conhecido como Divinéia. Não queriam deixar que os presos levassem seus colegas, mantidos reféns, durante a transferência de presídio.
Com a chegada da tropa de choque, os agentes deixaram a Divinéia e se reuniram no estacionamento em frente à entrada da Detenção. Ao saberem da libertação dos colegas, aplaudiram os PMs.
Depois, alguns dos agentes quiseram impedir a saída dos presos. Os PMs formaram um cordão de isolamento entre o portão de saída do estacionamento e o de entrada na administração do presídio.
Homens com escudos, capacetes e cães saíram em duas filas paralelas. Foram seguidos por outro grupo de PMs com escudos, bombas de gás e metralhadoras. Atrás, um ônibus da tropa de choque.
Deitados no assoalho do veículo, estavam os 15 presos rebelados. Nos bancos em volta, mais policiais da tropa de choque. Os agentes não conseguiram impedir a saída.
(MG)

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