São Paulo, segunda-feira, 9 de junho de 1997
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Centro se queixa de queda de movimento

MAURO TAGLIAFERRI
DA REPORTAGEM LOCAL

Reaberto ao público desde o dia 29 de novembro do ano passado, o Osasco Plaza Shopping recebe atualmente cerca de 40 mil pessoas por dia -frequência que chega até 80 mil aos sábados.
"Vínhamos muito bem, éramos uma revelação na época", disse ele.
Segundo Rocha, é difícil dimensionar os prejuízos. Os gastos com a reconstrução do edifício foram bancados pela Itaú Seguros.
O centro comercial voltou às suas atividades normais, com aproximadamente 200 lojas em funcionamento e 1.600 pessoas trabalhando no prédio.
Rocha disse ainda que prefere nem cogitar a hipótese de falência no caso de uma condenação definitiva a indenizar as vítimas.
"Todos têm de ser indenizados, mas há que se apurar quem foi o responsável. Trabalhamos para provar nossa inocência", declarou o superintendente.
"O shopping é a única empresa envolvida no processo que ajuda as vítimas", disse David da Rocha.
Os advogados da Administradora Osasco Plaza Shopping e da empreendedora B-7 Participações apontam a construtora Wysling Gomes, a gerenciadora da obra BRR Gerenciamento e Planejamento e a Companhia Ultragaz como responsáveis pela explosão.
"O shopping é vítima da explosão", defende Rocha.
Segundo ele, a instituição já gastou cerca de R$ 1 milhão em ajuda aos acidentados, incluindo despesas médicas, transporte, assistência social e o sustento de famílias.
Algumas vítimas confirmam que receberam auxílio. Por terem de assinar comprovantes, temem ser prejudicadas no momento de obter uma indenização.
Outras contam que tiveram de optar por médicos e hospitais mais baratos para receber auxílio do Osasco Plaza.
"Houve vítimas que receberam tratamento no (hospital Albert) Einstein, porque o caso delas exigia que fossem para lá. E, quando alguém pede para trocar de médico, a gente deixa até escolher", afirmou Rocha.
Ele também voltou a negar que tenha responsabilidade na explosão de 11 de junho. "O shopping sempre cheirou a esgoto e esse cheiro pode ser parecido ao do gás GLP", disse.
"Na época, chamamos a Ultragaz, e eles disseram que não havia nada de errado", acrescentou. "Eu estava no shopping no dia que ele explodiu. Eu seria louco de ficar num lugar onde soubesse que havia o risco de acontecer uma explosão?", completou.
(MT)

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