São Paulo, segunda-feira, 9 de junho de 1997 |
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Caminhar reanima esperança de vítimas
MAURO TAGLIAFERRI
Há seis meses, os médicos haviam dito a Pereira que ele não voltaria a andar, em virtude das fraturas que sofreu nas duas pernas. Mas, sozinho, e mesmo com o joelho esquerdo ainda precisando de cirurgia, ele conseguiu caminhar. Agora, faz fisioterapia, enquanto a mulher, Elisângela, vende cachorros-quentes numa faculdade de Osasco para sustentar a casa e os filhos, Grace Kelly e Alex Nixon. O caso de Bueno era a depressão, depois que teve a perna esquerda amputada. "Eu deitava às 22h, mas só conseguia dormir às 4h. Ficava pensando, estava difícil." Há quatro meses, o dono de uma loja ortopédica lhe doou uma prótese. Passou a treinar sozinho, numa academia de ginástica, e já está caminhando de novo. "Ficar numa cadeira de rodas é barra para quem tem só 22 anos", disse. Bueno voltará a trabalhar, na rede de lanchonete Jig's, em outubro, caso receba alta médica. Casado e pai de Ana Carolina, 2, ele quer completar a reconstrução de sua vida concluindo o primeiro grau: frequenta diariamente as aulas do curso supletivo. (MT) Texto Anterior: Centro se queixa de queda de movimento Próximo Texto: Público enfrenta o medo e lota shopping no fim-de-semana Índice |
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