São Paulo, segunda-feira, 9 de junho de 1997
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Caminhar reanima esperança de vítimas

MAURO TAGLIAFERRI
DA REPORTAGEM LOCAL E ESPECIAL PARA A FOLHA

Voltar a caminhar deu novas perspectivas ao vendedor José Venildo dos Santos Pereira e ao comerciário Ricardo Dias Bueno.
Há seis meses, os médicos haviam dito a Pereira que ele não voltaria a andar, em virtude das fraturas que sofreu nas duas pernas. Mas, sozinho, e mesmo com o joelho esquerdo ainda precisando de cirurgia, ele conseguiu caminhar.
Agora, faz fisioterapia, enquanto a mulher, Elisângela, vende cachorros-quentes numa faculdade de Osasco para sustentar a casa e os filhos, Grace Kelly e Alex Nixon.
O caso de Bueno era a depressão, depois que teve a perna esquerda amputada. "Eu deitava às 22h, mas só conseguia dormir às 4h. Ficava pensando, estava difícil."
Há quatro meses, o dono de uma loja ortopédica lhe doou uma prótese. Passou a treinar sozinho, numa academia de ginástica, e já está caminhando de novo.
"Ficar numa cadeira de rodas é barra para quem tem só 22 anos", disse. Bueno voltará a trabalhar, na rede de lanchonete Jig's, em outubro, caso receba alta médica.
Casado e pai de Ana Carolina, 2, ele quer completar a reconstrução de sua vida concluindo o primeiro grau: frequenta diariamente as aulas do curso supletivo. (MT)

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