São Paulo, segunda-feira, 9 de junho de 1997
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Transporte de carga é ramo complicado

GABRIEL J. DE CARVALHO
DA REDAÇÃO

Somando os índices fornecidos pela Susep para sinistralidade e despesas comerciais em relação à receita de seguro, e considerando 17% como média de despesas administrativas, o ramo de transporte de carga ficou com um total de 88,60% no ano passado. Aparentemente, foi um bom resultado, com margem superior a 10%.
Mas as seguradoras, lembra o corretor de seguros Daniel de Souza, são muito rigorosas na aceitação do risco (seleção da carga a ser coberta por apólice) e trabalham com franquias relativamente elevadas nesse ramo.
Cargas de pneus, remédios, eletroeletrônicos e cigarros, por exemplo, facilmente colocadas no mercado, nem sequer são aceitas pelas seguradoras.
Segurança
É por isso que vem se desenvolvendo no país um outro setor, o da segurança no transporte de cargas.
Pelo menos quatro empresas, entre elas a Rodosat, do grupo Schahin Cury, e a Autotrac, ligada ao piloto Nelson Piquet, já comercializam e operam no país o sistema de rastreamento de caminhões por satélite.
José Jesus da Cunha, gerente de operações da Rodosat, diz que a empresa já atende a 22 transportadoras e instalou o equipamento em cerca de 600 caminhões.
Esse mercado vem crescendo no país com o aumento dos roubos de caminhões, afirma Cunha, mas muitas empresas usam a tecnologia não só para segurança, mas também por logística.
O custo do sistema, segundo Cunha, vem baixando em todas as empresas. Está hoje na faixa de R$ 400 a R$ 450 por mês/caminhão, incluindo o leasing e a operação. O preço do equipamento, se for pago à vista, gira entre R$ 6 mil e R$ 7 mil. Já foi de R$ 9 mil há uns três anos, relata Cunha.
(GJC)

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